TRABALHADORES DA CONSTRUÇÃO NAVAL DO NORDESTE ESTÃO À DERIVA.
(O NAUFRÁGIO DE UM SONHO)
Por Luiz Augusto
O Plano do reestruturação da empresa Sete Brasil inclui a construção de apenas 15 sondas de perfuração, (na verdade é uma mera estratégia apresentada pela assembleia dos acionista da Sete Brasil no dia 14 de maio 2015). A construção destas, resulta porém no afastamentos dos estaleiro Enseada Indústria Naval e Atlântico Sul dessa nova estrutura, localizados estrategicamente na região nordeste do Brasil.
Sendo desta forma que se apresenta apenas os estaleiros Jurong, Brasfeels e outro estaleiro no Rio Grande do Sul, ficaram como construtores das 15 unidades operacionais. Observo que estes estaleiros ficam localizados no sudeste e sul do Brasil.
Por quê sempre a região nordeste cabe as pesadas consequências da má utilização dos recursos? Por quê dois estaleiros em fase final de construção e já efetivamente construindo as sondas terão os contratos realizados anteriormente com a Sete Brasil interrompidos?
E nós trabalhadores, operários que ostentávamos um sonho de realizações, perspectivas futuras de melhorias de vida para nossos familiares, o dia a dia constante das nossas atividades na construção, a busca no aperfeiçoamento das atividades rotineiras de cada um de nós.
Cabe a nós nordestinos e trabalhadores, todos juntos, baianos e pernambucanos, os representantes dos estados localizados, as associações, a recente criada Frente Parlamentar Mista da Indústria Marítima Brasileira, reivindicar a continuidade das atividades nos respectivos estaleiros. É uma questão impar a conclusão do estaleiro Enseada Naval e ênfase nas construções das sondas offshore. É muito importante para o nosso estado ter uma unidade de construção naval em plena atividade e a nossa região agrupa profissionais altamente capacitados neste mega empreendimento.
Luiz Augusto.
Ex colaborador do Estaleiro Enseada Indústria Naval
Ver matéria completa em Brasil Energia
Enseada e EAS fora do projeto da Sete Brasil
14/05/2015
Os estaleiros Enseada Naval e EAS deverão ficar oficialmente de fora do projeto da Sete Brasil, empresa que constrói 29 sondas de perfuração – 28 para a Petrobras e uma sob risco - e enfrenta grave crise financeira. O plano de reestruturação da empresa não contemplará, a princípio, a permanência dois estaleiros e irá propor a descontinuidade de um total de 14 unidades, o que implicaria em uma carteira final com 15 sondas.
O plano base de reestruturação será apresentado nesta quinta-feira (14/5) aos acionistas da Sete Brasil, durante Assembleia Geral Extraordinária (AGE). Das 15 sondas sugeridas para serem mantidas em carteira, a proposta é de que sete unidades fiquem a cargo do Jurong, seis do Brasfels, que já estavam previstos para construir essa quantidade de unidades, e duas a cargo do ERG, que pelo contrato original faria três equipamentos.
A permanência do ERG no projeto atende a exigências do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal, instituições que assumiram a liderança da operação de financiamento de longo prazo da Sete Brasil, substituindo o BNDES, no fim de março. A decisão contraria a proposta do board da Sete Brasil, que defendia a permanência apenas do Jurong e do Brasfels, estaleiros que contam com estágios mais avançados de obras, segundo análise do grupo.
Na próxima sexta-feira (15/5), o board da Sete Brasil apresentará o plano de reestruturação da empresa aos credores e instituições financeiras envolvidas no projeto. Cumprida essa etapa, será iniciada a segunda fase do programa de reestruturação, voltada à negociação dos termos do processo de reestrução.
“Essa é uma proposta base, o que não quer dizer que será a final e definitiva. Começaremos agora todo o processo de negociação com a Petrobras, credores, sócios e bancos, que analisarão essa e outras alternativas do novo pacote”, antecipa uma fonte envolvida no processo.
O board da Sete Brasil luta para tentar assegurar o menor corte na carteira. Uma fonte do grupo afirma que o projeto de construção das sondas só se viabiliza com pelo menos 13 unidades e que uma das propostas defendidas é manter a construção para depois vender alguns dos equipamentos.
O corte nas sondas do Enseada Naval, que tem como sócios a Odebrecht, OAS, UTC e a Kawasaki e que de acordo com o contrato original construiria um total de seis unidades, em seu estaleiro na Bahia, promete render novos embates a já tumultuada relação da Sete Brasil com seus sócios, contratados e a Petrobras. Até a tarde hoje (13/5), o Enseada Naval não havia sido comunicado sobre seu afastamento do projeto.
“Temos um contrato em vigor, até que se diga o contrário. A Sete Brasil tem que seguir o contrato ou dizer o que vai fazer”, argumentou um executivo do Enseada Naval.
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